Fico impressionada com esse comportamento (uma doença?) que assola muitas, mas muitas pessoas.Chama-se consumismo.

Pergunto: tudo o que compramos realmente necessitamos para um fim útil?Comprar porquê e para que?

Explico: há um tempo atrás, uma notícia na mídia falava sobre um pai que queria matar seu próprio filho porque este havia ganho na megasena, colocou o dinheiro na conta do pai e agora reinvindicava seus pecúnios de direito.Materialismo doentio, que pode levar à morte.

Não precisamos ir longe: quem não conhece brigas de família por conta de herança? Quem não tem aquele (a) amigo (a) que vive com o cartão de crédito "pendurado" no cheque especial?Quantos eventos comemorativos por ano possuímos e quantos deles estão diretamente ligados ao consumismo?

Já vi cenas terríveis de pessoas que, a fim de comprar mais do que podem, mentem, matam e roubam.Seduzem, fazem chantagens, ludibriam em nome do dinheiro,com o objetivo mórbido de consumir pura e simplesmente.

Se formos refletir sobre a importância funcional de tudo o que compramos, podemos parar e pensar até que ponto estamos contaminados por essa problemática.Faça um teste: abra o seu guarda-roupas: o que você realmente usa ali dentro?E os utensílios de cozinha, os enfeites pelas casa que mais sujam que enfeitam, os sapatos vários, bolsas, perfumes que envelhecem dentro de compartimentos desprovidos de vida útil....bens, imóveis que nunca serão usufruídos, apenas valorizados no mercado a fim de se obter mias...dinheiro e , consequentemente, consumir mais.

Tem um ditado popular que gosto muito: "caixão não tem gaveta". Já foram num enterro? Eu já vi gente disputando herança do lado do caixão do morto e familiares em guerra a beira de um leito de UTI, reivindicando "seus direitos".

Consumismo é consequência do materialismo exacerbado que rege as nossas vidas, nossos valores.Pior é a patologia do consumismo, que é a compulsão por compras.Esse é um capítulo a parte, tamanha sua complexidade.

Pense nisso.Mas, não olhe para o vizinho: olhe para você mesmo.