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Bezerra de Menezes – Alguns momentos políticos e espíritas
Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu aos 29 de agosto de 1831 e desencarnou aos 11 de abril de1900.
Atuou na Capital Imperial e no início de suas atividades, pela sua dedicação foi cognominado “médico dos pobres”. Exerceu o mandato como deputado junto à Assembléia Nacional do Império, Presidente da Câmara de Vereadores acumulando o exercício do Poder Executivo Municipal do Rio de Janeiro. Como político lutou pela emancipação dos escravos; através de projeto de lei, procurou regulamentar o trabalho doméstico, visando conceder a essa categoria, inclusive, o aviso prévio de 30 dias; denunciou os perigos da poluição; atuou em empresas governamentais.1
Como médico e já adotando o conhecimento espírita escreveu um livro marcante: A loucura sob novo prisma2, muito relacionado com a problemática vivida por um filho seu.
Bezerra foi o 2º. presidente da FEB (1889), mas preferiu não continuar com o encargo. Retornou numa época de crise, como o 5o presidente (1895-1900). Houve vacância do cargo com a renúncia do presidente e face a negativa do vice-presidente Dias da Cruz em assumir, houve nova eleição, sendo sido eleito. Em realidade acabou atendendo a insistentes pedidos inclusive do Dr. Bittencourt Sampaio face as dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro. Bezerra estava cansado, doente, abatido pela dissensão entre os irmãos espíritas, mas acabou aceitando o convite. “Com a perspectiva de poder conciliar a grande família espírita em torno do ideal cristão, o venerando ancião prometeu pensar”. Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou-se a seguinte conversação:
“Bezerra: Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.
Bittencourt Sampaio: O trabalhador da vinha é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.
Bezerra: De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.”3
Durante sua gestão, em 15/11/1897, Pierre-Gaëtan Leymarie concedeu à Federação Espírita Brasileira na pessoa de seu presidente Doutor Adolfo Bezerra de Menezes ou seus sucessores “os direitos exclusivos às traduções portuguesas, tanto no Brasil como em Portugal”, das obras de Allan Kardec e “os quarenta volumes da Revue Spirite”. Anulava concessões anteriores. Esse documento teve a firma reconhecida de Leymarie e depois Consulado do Brasil em Paris reconheceu a firma da autoridade francesa que reconheceu a firma de Leymarie. Entre as obras estava a 5ª. edição francesa de A gênese. Nesse documento de cessão não há especificação da validade temporal do mesmo, mas evidentemente que caducou quando as obras de Kardec caíram no domínio público.3
Bezerra propunha a ideia da união dos espíritas e destacou em 1896 em uma série de artigos em Reformador intitulada “Os tempos são chegados”: “A organização [...] pela união dos espíritas e segundo uma orientação uniforme.”4
Mas, as ações práticas começaram a se concretizar com o seu substituto, o presidente Leopoldo Cirne.
Referências:
(*) – Ex-presidente da USE-SP e da FEB.
De: http://grupochicoxavier.com.br/bezerra-de-menezes-alguns-momentos-p...
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