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Queridos amigos de estudos doutrinários, Jesus começa sua mais famosa parábola dizendo que um homem descia de Jerusalém para Jericó?. Naturalmente, como em todas as parábolas, há um componente simbólico nesta construção, à espera de uma melhor compreensão por parte do exegeta das Escrituras Sagradas.
As cidades utilizadas e o movimento de descida não englobam dados apenas geográficos, em que pese haver acentuado desnível entre elas – Jericó situa-se a cerca de 1200 metros abaixo de Jerusalém cumpridos em um trajeto de aproximadamente 27 quilômetros.
Uma boa parte dos intérpretes bíblicos cita a peculiaridade de Jerusalém ser a cidade santa dos judeus enquanto Jericó havia sido amaldiçoada por Josué?, de tal maneira que “descer de Jerusalém para Jericó” poderia significar ceder aos nossos impulsos mais primitivos em detrimento dos ideais espiritualizados.
Curioso notar, em que pese tal interpretação seja compreensível e aceitável, há um contrassenso doutrinário aí, pois que o movimento evolutivo do espírito se faz no sentido inverso ao do trajeto da parábola, ou seja, saímos da Jericó dos instintos animalizados e caminhamos na direção da Jerusalém da sublimação dos sentimentos espiritualizados, na poética definição de Lázaro?. Neste mesmo sentido nos informam os Espíritos da Codificação, quando afirmam que nenhum espírito é criado bom ou mau?, que todos se tornarão um dia perfeitos? mediante seu esforço pessoal? e que jamais degeneram ou retrogradam?, no máximo permanecem estacionários?.
Então ao dizer que um homem descia de uma posição mais espiritualizada para outra que lhe seria inferior, uma compreensão da figura parabólica mais condizente com o arcabouço filosófico-doutrinário talvez nos remeta ao entendimento da própria reencarnação! Sim, pois, ao reencarnamos saímos da Jerusalém do mundo espiritual para percorrer, mais uma vez, os caminhos e descaminhos da Jericó na carne, numa estrada perigosa e descensional em que nos sujeitamos aos assaltos e sobressaltos típicos de nossa própria e provisória inferioridade.
Em “queda” na carne, aí sim, assaltados e espancados pelos nossos instintos mais primitivos, corremos o risco de nos tornarmos como aquele homem que descia, ladeira abaixo, de Jerusalém para Jericó e que se vê, subitamente, despojado da própria identidade, deixado à beira da estrada inconsciente e semimorto, à espera de um representante legítimo de Deus que nos acolha e nos coloque de volta no bom caminho da Vida.
Paulo Lara
Bibliografia
1- A parábola do Bom Samaritano, Lucas 10, 30-35;
2- Josué 6,26
3- O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capt. XI, item 8;
4- O Livro dos Espíritos, questão 115;
5- Idem, questão 116;
6- Idem, questão 117;
7- Idem, questão 118;
8 – Idem, questão 178,a.
Originally posted 2017-10-06 08:40:08.
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